10 de junho de 2012

CÚPULA MUNDIAL DISCUTIRÁ EMPREGOS E CARREIRAS VERDES DURANTE RIO+20

Evento é integrado à Agenda Rio+20 e Você e ocorrerá no Planetário da Gávea.

A Associação Brasileira de Recursos Humanos coordenará a Cúpula Mundial Green Jobs (empregos verdes) da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que começa na próxima quarta-feira (13). O evento é integrado à Agenda Rio+20 e Você e ocorrerá no Planetário da Gávea, na zona sul da cidade, quinta (14) e sexta (15). Para a realização da Cúpula Mundial Green Jobs, foi firmado memorando de cooperação com o Instituto Humanitare, responsável pela divulgação da agenda da ONU.
Serão discutidos no encontro os conceitos de emprego verde e carreira verde, ligados a áreas voltadas para a sustentabilidade do planeta e das pessoas, informou à Agência Brasil a presidenta da ABRH, Leyla Nascimento.
— Não se trata mais de falar da engenharia ambiental, mas da engenharia que não só tem que se preocupar com a especialização do meio ambiente, mas também com que suas atividades não degradem o meio ambiente e tenham consciência em relação a isso.
Esses diferenciais, disse, terão de ser acrescentado a todas as carreiras onde as pessoas passarão a desenvolver a sua profissão com outro olhar, o olhar da economia verde.
— O que posso fazer que diminua a interferência que estamos fazendo no planeta, que diminua os riscos que o homem e a humanidade está trazendo com suas ações? A cúpula fará uma discussão sobre os vários olhares.
A preocupação da ONU é que cada país implante a chamada carreira verde, dentro de políticas normatizadas, de um plano de carreiras reconhecido, e que as ocupações sejam renomeadas com esses novos atributos, esclareceu. Uma pesquisa a ser divulgada durante o evento mostrará como os países estão trabalhando dentro dessa linha.
— O Brasil tem apresentado uma pro atividade grande nessa área das carreiras verdes.
A diretora da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil, Laís Abramo, falará sobre as ocupações verdes e seus impactos nos trabalhadores e no mercado de trabalho - como a economia verde vai proporcionar melhor ambiente e melhores condições para o trabalhador de maneira geral. A Associação Mundial de Recursos Humanos abordará o cenário internacional relacionado aos empregos verdes. Serão temas de debate também o novo perfil dos executivos e lideranças exigido pela economia verde, a transição para essa nova economia e sua relação com a educação e a qualificação profissional.
— Os currículos precisam receber um redimensionamento e uma mudança em cima disso.
Ela destacou a necessidade de as lideranças empresariais e governamentais entenderem que ao tratar de economia verde e trazerem isso para si, eles estão contribuindo para o resultado da empresa, mas também do país e do planeta.
— Então, não é uma mobilização do governo. É uma mobilização da sociedade.
No caso dos recursos humanos, as transformações que ocorrem nos ambientes corporativos estão nas mãos dos líderes, lembrou.
— A liderança é fundamental nesse momento, na economia verde, porque são eles [os líderes] que estarão diretamente com as pessoas. Eu costumo dizer que o líder é um educador da empresa. Outro aspecto importante, quando se fala em lideranças, está relacionado às questões éticas e de conduta profissional.
A Cúpula Mundial Green Jobs será encerrada na sexta-feira com a Arena Verde, cujo objetivo é a mobilização dos jovens pós-Rio+20. A arena vai explicar à juventude brasileira e internacional presente ao encontro o que é economia verde, o que se espera das empresas, qual o papel hoje dessas organizações e qual o perfil de profissionais que elas precisarão absorver daqui para frente.

Fonte: R7

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