Na praia de Copacabana, RJ.
Grupo pede
que corrupção seja configurada como crime hediondo. Manifestantes protestaram
com cartazes, máscaras e nariz de palhaço.
Nem a chuva desanimou as cerca de 300
pessoas que participaram da Marcha da União Contra a Corrupção, na Praia de
Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro, na tarde deste sábado (21). O
movimento foi organizado através de redes sociais e também aconteceu em outras
cidades do país. Os manifestantes pedem a obrigatoriedade de ficha limpa para
candidatos a cargos eletivos, a configuração de crime hediondo para os casos de
corrupção na administração pública, além da criação de varas exclusivas para
julgar as ações de improbidade administrativa com júri popular.
No
meio da multidão composta em sua maioria por jovens, se destacavam as idosas
Leni Virgem, 69 anos, e Bete Asserb, 82. Segurando um cartaz, onde se lia a
frase “Vamos enforcar a corrupção”, elas caminharam com o grupo por cerca de
quatro quilômetros.
“Essa
campanha é para todos. Tem que haver mobilização em todas as idades”, declarou
Bete.
Muitos
dos manifestantes optaram em usar nariz de palhaço e máscaras, com o objetivo
de criticar a impunidade dos crimes contra o dinheiro público.
Entre
os participantes do movimento está o psicólogo Carlos Santiago Ribeiro, pai da
menina Gabriela, morta em 2003, vítima de bala perdida durante um confronto
entre policiais e criminosos na estação do metrô São Francisco Xavier.
“A
minha filha também foi um alvo da corrupção. Na medida, em que as verbas
públicas não são aplicadas na segurança, as vitimas da violência também são
vitimas da corrupção”, explicou Carlos.
Um
dos organizadores da marcha no Rio de Janeiro, o jovem Vinícius Nascimento,
explicou como a internet ajudou a mobilizar os participantes do protesto.
“O
movimento é organizado por várias pessoas, boca a boca e tecla e tecla. O nosso
movimento é em defesa do país. Queremos que as leis sejam respeitadas e que os
corruptos vão para a cadeia”, enfatizou o jovem.
São Paulo, com confronto.
Após
a passeata contra a corrupção na avenida Paulista, na região central de São
Paulo, que ocupou duas faixas da via, um grupo de manifestantes bloqueou por completo
a rua.
Quando
os organizadores ainda tentavam retirar cerca de 30 manifestantes da via e o
grupo parecia se dispensar, a Força Tática da Polícia Militar passou a atirar
bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo.
Os manifestantes correram para o vão livre do MASP e do local atiraram
pedras, paus e uma garrafa contra os policiais. Em seguida a Força Tática
aproximou-se do local e o confronto cessou.
Minutos
depois, quando a situação parecia controlada, um novo grupo de manifestantes se
reuniu na esquina da Avenida Paulista com a Alameda Casa Branca e tentou
continuar o protesto, bloqueando o trânsito.
Após
nova investida da PM com bombas, a via foi liberada. Porém, os manifestantes
foram para o outro lado da rua, metros adiante, e sentaram nas faixas de
rolamento.
Somente
após a terceira chuva de bombas - algumas caíram nas entradas da estação de
metrô Trianon-Masp - o grupo se dispersou e a Paulista foi liberada.
Cerca
de 700 pessoas participaram da passeata, segundo estimativa da PM. A avaliação
dos organizadores aponta o número de 2.500 participantes.
Brasília
Em
Brasília, cerca de 1.500 pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar do
Distrito Federal, marcharam na Esplanada dos Ministérios vestindo roupas pretas
e carregando faixas e cartazes que pediam o fim dos desvios de verbas públicas.
A marcha foi reforçada pelo público que participa das comemorações dos 52 anos
de Brasília.
Maringá
No
Paraná também teve uma marcha nesta manhã. Ela foi motivada por recorrentes
escândalos divulgados na imprensa, a passeata convocada pela sociedade civil
organizada reuniu, pelos cálculos da Polícia Militar, mais de 500 pessoas.
Marcou
presença na passeata estudantes, lideranças de bairros e representantes da
Associação Comercial e Empresarial de Maringá (ACIM), da Ordem dos Advogados do
Brasil (OAB), de clubes de serviço como Rotary e Lions, da Igreja Católica, das
lojas maçônicas da cidade, entre outros.
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