16 de novembro de 2011

Passeata em defesa dos royalties do petróleo do Rio reúne manifestantes


O presidente da Firjan, Eduardo Eugênio, disse que a passeata "Contra a Injustiça e em Defesa do Rio" é um movimento sem ligações com partidos políticos e que reúne todos os setores da sociedade.
"O Rio de Janeiro está se movimentado para ser a capital da reflexão do Brasil. Esse movimento não tem a ver com partidos políticos, reúne artistas, jornalistas, estudantes e cidadãos. É uma manifestação contra uma intervenção da União no Rio. Nós não podemos ficar indiferentes".
A concentração na Candelária tinha até espaço VIP, reservado para autoridades como o governador Sérgio Cabral e prefeitos.
Representantes da Prefeitura de Macaé, considerada a capital do petróleo, vieram em peso e com uma faixa, onde estava escrito "O Meio Ambiente precisa da aplicação dos royalties".
A concentração já reuniu representantes da sociedade civil, servidores públicos e personagens folclóricos. Usando seu corpo como outdoor, Luiz Amâncio, também conhecido como o "homem do patinete", esteve entre os manifestantes.
"Venho aqui desde as "Diretas Já" e não poderia deixar de vir agora para lutar pelo nosso petróleo", disse Amâncio.
Com 63 anos, dos quais os últimos 30 percorrendo a cidade sobre patinete, ele e outros manifestantes aproveitaram o evento para pequenas performances. É o caso de um desconhecido, que preferiu não se identificar e estava fantasiado como o personagem The Flash.
Cerca de 10 mil vieram do interior para protestar
Cerca de 10 mil moradores do interior do estado vieram à capital fluminense para participar da grande manifestação nesta quinta-feira em defesa das receitas do petróleo do estado e de seus municípios.
Somente da Região dos Lagos e do Norte Fluminense foram enviados 350 ônibus, 200 dos quais de Macaé e de Campos.
A megamobilização tenta barrar na Câmara a proposta de redivisão das receitas do petróleo aprovada pelo Senado, que amplia para R$ 125,6 bilhões até 2020 as perdas fluminenses com legislações desfavoráveis ao Rio, como as do ICMS sobre petróleo e energia e do Fundo de Participação dos Estados (FPE). Foi decretado ponto facultativo para servidores do estado e do município do Rio depois das 14h, exceto para serviços essenciais.
O governador do Rio, Sérgio Cabral, saiu do Palácio Guanabara acompanhado do presidente da Assembléia Legislativa, Paulo Mello; do presidente da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro), Riverton Mussi (prefeito de Macaé); e, do presidente da Associação dos Prefeitos, Vicente Guedes (prefeito de Valença).
"Nosso grande objetivo é sensibilizar a presidente Dilma Rousseff a vetar o projeto que reduz os royalties do Estado do Rio e dos 87 municípios fluminenses. Ela teve 60 por cento dos votos no nosso estado e por certo não vai se esquecer disso. Se o veto não acontecer, será um desastre sem precedentes para o Rio", previu Riverton Mussi.
Empresários do setor de construção civil participam em peso da manifestação no Centro do Rio. Sérgio Kauffmann, presidente do Sindicato das Indústrias de Construção do estado do Rio (Sinduscon). Ele afirmou que o setor está unido contra a possibilidade do estado perder os royalties.
"Ibsen Pinheiro (autor da proposta de mudança na distribuição de royalties) e (o senador) Vital do Rego (PMDB-PB) criaram exageros que não correspondem à realidade. O que estão fazendo com o Rio é uma covardia", disse Kauffmann.
Fonte: Diário de Pernambuco

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